O tema
deste post não é original, foi
baseado num texto publicado por uma blogger
que eu sigo, cuja escrita/mensagem eu aprecio e muito (pippa coco)!
Vou tentar
abordar o tema contando uma história…
O que irá acontecer, nem eles
próprios sabem...
No entanto, antes de resolver expor os seus
sentimentos, ela tentava constantemente encontrar motivos para explicar porque
tinha começado a gostar dele. Primeiro, a si própria. Depois, quando já não
conseguia guardar mais para si aquele turbilhão de sentimentos, esmagadores e
estranhos aos seus afetos, tentou explicar a um amigo “porque é que se sentia
apaixonada” por “aquela pessoa” em particular. O amigo, diz-lhe que não tem que
o fazer, que para ele bastava a explicação “porque sim”... mas obstinada como é,
continua, pois quer que ele perceba “o porquê”! Então começa ela a dizer,
“porque ele é tão atencioso e cavalheiro”: - Já não estava habituada a isto: o abrir-me a porta, o deixar-me
passar à frente dele...” O amigo encolheu os ombros, para ele tanto lhe dava o
porquê, pois tudo na sua expressão corporal o demonstrava muito melhor do que
as suas palavras atrapalhadas: mexer no cabelo, puxá-lo todo para o lado, e
enrolar uma madeixa de cada vez com os dedos; a sua postura inclinada para
a frente; o seu tom de voz mais baixo, como quem confidencia a coisa mais importante
da sua vida... Estava apaixonada, não havia dúvidas!
Aquela não era, definitivamente, "a"
razão que a tinha levado a apaixonar-se por ele. Aquela era, sim, apenas mais
uma das justificações racionais que contava ao amigo e, sobretudo, a si
própria, para tentar de alguma forma validar a intensidade do que sentia.
Falava como se tivesse que existir um "gosto dele porque", de forma a merecer total e absoluta
aprovação por parte dos outros, mas acima de tudo, de si mesma. Não tinha. Na
verdade, há sentimentos que não se explicam... experienciam-se! Não sei se continuará a dar-lhe passagem e a
abrir a porta para ela passar, mas esta história é um exemplo de que, nós, mulheres, por mais independentes,
ambiciosas e confiantes que sejamos, no fundo, gostamos de nos sentirmos
protegidas, daí apreciarmos tanto pequenos gestos de cavalheirismo.
‘Gostamos de ter um braço forte que nos agarre e diga "estás comigo, vai tudo correr
bem". Gostamos de sentir que, se tudo desabar, aquela pessoa
está ali e é capaz de lutar contra tudo e todos para nos salvar. Gostamos que
nos abram uma porta, de vez em quando. Que nos perguntem se estamos bem, ou se
precisamos de alguma coisa. Não sempre, porque isso faz-nos sentir
inferiorizadas e frágeis. Por vezes, temos que ganhar um braço de ferro, para
nos sentirmos igualmente fortes. Por vezes, na praia, temos que conseguir
atirá-los à areia, com uma rasteira traiçoeira, e depois enchê-los de beijos,
para nos sentirmos ágeis e invencíveis. Por vezes, temos que conseguir ganhar
uma corrida de 100 metros, para nos sentirmos rápidas. Por vezes, temos que
ganhar o Trivial Pursuit, para nos sentirmos cultas. Por vezes, gostamos de
pagar o jantar, para nos sentirmos independentes. Muitas vezes, ao fazemos
amor, vamos ficar por cima, para nos sentirmos dominadoras. Mas sei também que
nós, mulheres, depois de nos sentirmos fortes no braço de ferro, ágeis e
invencíveis nas rasteiras, rápidas na corrida, cultas no Trivial, independentes
com o cartão Multibanco, e até dominadoras na intimidade... gostamos de ceder a
cadeira do poder. E gostamos de vê-los vencer cada um destes desafios. Gostamos
de os ver serem mais fortes, mais ágeis, ganharem um ou outro jogo, pagar-nos o
jantar e agarrar-nos com destreza e convicção. Gostamos que nos sussurrem
"passa" ao chegar a
uma porta, e que nos abracem se temos medo ou estamos tristes.
Sim,
gostamos de ser protegidas. Gostamos de cavalheiros.
Não sempre,
a toda a hora, mas de vez em quando sabe bem!